terça-feira, 11 de outubro de 2011
3º Dia Semana Babywearing = Parceria com Semana do Respeito a Criança
A Parto do Princípio está coordenando a Semana do Repeito a Criança, com objetivo de informar e alertar sobre procedimentos hospitalares rotineiros executados com os bebês, em sua maioria desnecessários e desfavoráveis a humanização do nascimento.
Nós estamos também apoiando a campanha e hoje fazemos parte da blogagem coletiva da semana falando sobre o assunto e para isso, publicamos o relato da Lina Mor, mãe Ishtar que junto com seu bebê, passou por inúmeros desrespeitos em uma maternidade particular em Sorocaba.
É um depoimento forte e que esperamos que desperte em muitas mulheres a força da busca por seus direitos e libertação da cultura que "o médico e hospital sabem o que fazem". Mulheres, pensem nos seus bebês, na saúde, respeito... não deixem para depois, se boicotem, não se deixam achatar pela massacrante cultura atual.
Nós estamos aqui para ajudar, informar e mudar!
Segue:
“O convite para escrever o meu relato no blog do Ishtar vem para mim como um presente. Uma forma de evitar que outros bebês vivam o que meu filho viveu. Não poderei mudar o que o Tiago viveu, mas posso tentar impedir que essa vergonha que acontece nos hospitais com o nome de “procedimento padrão” se acabe e que outros bebês não passem mais por isso.
Assim como a luta pela humanização do parto, a luta pela humanização da saúde e a quebra do atendimento tecnocrático, burocrático e padronizado da saúde como um todo é uma luta longa, cujas conquistas serão desfrutadas por nossa descendência e pouquíssimo por nós mesmos. Mas vale muito a pena!
Comecei a freqüentar o Ishtar ainda muito antes de engravidar. A busca por informações foi muito mais intensa no que dizia respeito ao parto, médicos mais humanizados, modos de se ter um parto hospitalar humanizado do que pelo que vinha depois (intervenções com o bebê, amamentação, pediatra). Considero esse um erro crucial para o que se seguiu logo após o meu parto. Então, fica a dica: planeje seu parto, mas planeje também o seu pós parto. Sempre tenha em mente de que amamentar é uma batalha e você pode precisar de reforços e também sempre busque além do obstetra de sua confiança um pediatra de sua confiança.
Tive uma gravidez sem intercorrências físicas, bem tranqüila mesmo. Porém minha vida estava muito tumultuada por problemas pessoais e familiares. Por “n” motivos não optei por um parto domiciliar e com 34 semanas, contratei a Carla Arruda, como minha doula. Estava disposta a fazer uma revolução no hospital daqui. Já tinha conversado com a enfermeira chefe da Obstetrícia e dito que eu levaria bola, doula, e o que mais fosse preciso para ter um parto normal, mesmo em um hospital com um índice de mais de 90% de cesáreas.
Como pretendo me ater mais no que diz respeito ao pós parto vou resumir minha saga durante a gravidez. Com 37 semanas levei o plano de parto para o meu obstetra, que disse que não se sentia mais a vontade em fazer o meu pré natal e meu parto. Para mim aquilo foi bombástico.
O estresse do plano de parto frustrado, de meses perdidos com aquele médico, e o medo do desconhecido com o novo médico, fez com que meu corpo travasse. Com 39 semanas e 3 dias minha bolsa rompeu e depois de 32 horas de bolsa rota, indução com misoprostol, acupuntura, escalda pés e caminhadas, nada de trabalho de parto. Com os batimentos cardíacos do Tiago diminuindo e míseros 2cm de dilatação, nada feito usar ocitocina... enfim, cesárea.
Acho que essa foto resume bem a frustração.
Bom, então aqui começa realmente o relato de tudo que vivi nos 3 primeiros meses de vida do Tiago.
Enquanto aguardávamos o trabalho de parto, que nunca veio, todos estavam muito pacientes, mas quando se optou pela cesárea parecia que era o final do mundo, ou que o hospital fecharia, não sei. Só me lembro das pessoas correndo, das enfermeiras dizendo que era pra irmos logo porque a equipe já estava na sala. Não tive mais tempo de falar com ninguém. Mal tive tempo de digerir a notícia.
Fui para o centro cirúrgico ainda atordoada com a sentença de ter que fazer uma cesárea. Entrei no centro cirúrgico, olhei para o relógio: 16h00. Comecei a me desesperar porque naquele corre-corre tinham me levado e a Carla, que ficaria comigo durante a cirurgia, ainda não tinha tido tempo de colocar a roupa e entrar. Me senti um peixe fora d’água. Anestesista se apresenta, pediatra se apresenta, auxiliar do médico se apresenta, e eu, tudo que eu queria era chorar. Sentir minhas pernas formigando enquanto fazia efeito a anestesia foi desesperador. O procedimento iniciou, a Carla chegou e eu só pensava: Por quê?
Esqueci de relembrar o médico que havíamos combinado que ele só cortaria o cordão umbilical quando parasse de pulsar. Esqueci de conversar com o neonatologista sobre os procedimentos que eu não gostaria que ele realizasse. Minha cabeça foi longe...Voltei pra sala de cirurgia quando percebi que estava com falta de ar. Sentia uma enorme pressão nos meus pulmões. E o campo cirúrgico não colaborava em nada para que me sentisse melhor, já que estava praticamente na minha cara. Esqueci que tinha pedido pro médico que gostaria de acompanhar o procedimento com um espelho. Viajei novamente, tentando respirar e voltei quando ouvi um choro.
Naquele momento os remédios já haviam tomado conta de mim. Me lembro da Carla mostrar uma foto pra mim do momento em que ele foi tirado da minha barriga. Claro que não esperaram o cordão parar de pulsar, afinal todos tinham pressa. A esteira da linha de produção não poderia parar de rodar.
Me lembro de trazerem ele para que eu o visse e reagir com a estranheza de quem vê um desconhecido. Eu o toquei, falei com ele, mas confesso que foi por mera formalidade. Hormônios completamente loucos, sedativos, anestésicos, frustração, não sei, só sei que eu não me sentia mãe naquele momento. Hoje analisando a situação sei que meu corpo não sabia o que estava acontecendo. O que é normal acontecer em uma cesárea. Afinal, meu corpo grávido se preparou para parir e não para ser aberto. Não vou aqui entrar no mérito da necessidade ou não da cesárea. Mas o fato é que uma cesárea, necessária ou não, faz com o que o corpo da mulher não se prepare para receber o bebê, tanto fisiológica quanto psicologicamente. E era o que eu estava vivenciando naquele momento.
Não me importei com o que faziam com o bebê na outra sala. Me lembro da Carla correr para lá e questionar o neonatologista. Hoje vendo as fotos considero tudo aquilo uma tortura desnecessária para um bebê que nasceu com apgar de primeiro minuto 9.
Me lembro da Carla dizer que eu gostaria de amamentar ainda naquele momento no centro cirúrgico. Então, trouxeram o Tiago, fingiram que colocaram no meu peito, disseram que eu não tinha bico (foi a primeira, de muitas vezes, que ouvi isso) e que teriam que levá-lo embora. Nesse momento me preocupei um pouco com a expressão distante do Tiago. Mas nada me tirava aquele pensamento de quando voltaria sentir minhas pernas, então deixei que o levassem.
Depois que o levaram eu não me lembro mais de nada. Parece que meu corpo guardou seus últimos momentos de lucidez para ver e reconhecer a cria e depois apagou. Eu estava lá, acordada, mas não conseguia me concentrar em nada e até mesmo esqueci grande parte dos acontecimentos. Quanto voltei a mim estava já na sala de recuperação e nem ao menos sabia como havia chegado lá.
Perdi a noção do tempo na sala de recuperação. Perdi a noção do tempo precioso que meu bebê estava sem mamar. De repente escuto a enfermeira no telefone: “Viu, tem a paciente aqui, vocês precisam vir buscar.”. Então, ela vem me comunicar que ainda iriam demorar um pouco para me buscar porque estavam em troca de plantão e só quando terminassem poderiam me buscar. Estava tão dopada que nem me importei. Hoje fico pensando em quantas pessoas riram do depoimento da Gisele Bündchen quando ela disse que não gostaria de estar dopada durante o parto. Riram dizendo que não era dopada, era anestesiada. Pois eu digo: É dopada sim! Eu era outra pessoa.
Enquanto eu era esquecida na sala de recuperação, meu bebê, que acabara de sair de um ambiente estéril, era lavado como se tivesse acabado de sair de um caminhão de lixo e depois esquecido em um berço aquecido para ser apreciado pelos parentes através de um vidro. Quando vi as fotos e o vídeo, chorei. A expressão de desespero durante o banho e a de total sentimento de abandono no bercinho me comoveu. E fiquei me perguntando por que não o deixaram com o pai ou com a avó. Berço aquecido pra que? Quer calor melhor do que o humano, do que o amor?
Bom, 4 horas depois me levaram para o quarto. E depois de mais um tempo levaram o Tiago até mim. Nesse momento se inicia a mentira do alojamento conjunto e a saga da amamentação.
A cada 1 ou 2 horas vinham tentar fazer o Tiago mamar, o que obviamente não acontecia devido ao distanciamento de muitas horas. Porém cada profissional atribuía a dificuldade em amamentar a um fator e isso foi me enlouquecendo.
- “você não tem bico”
-“seu bico é invertido”
-“ a língua do bebê é presa”
-“o queixo do bebê é pra dentro”
Fui ficando angustiada, desesperada. Esses comentários aliados a constante ameaça de que se ele não mamasse, eles iriam levá-lo para o berçário, foi me deixando totalmente estressada e ao mesmo tempo fazendo com que eu me sentisse realmente incapaz. Depois de me convencerem de que, como meu bebê não mamava, ele teria que ir para o berçário senão entraria em hipoglicemia grave, perdi totalmente o controle do alojamento conjunto.
Tiago passou a ser levado pelos corredores do hospital de um lado para outro. Ele era levado até mesmo para trocar fralda. E seja qual fosse a alegação para levá-lo, ele sempre voltava vomitando, com náusea ou afogado. Uma enfermeira chegou a dizer para mim, com cara de quem tinha salvado meu filho: “Olha, nós demos 50 ml pra ele de leite artificial, mas depois ele não digeriu e nós introduzimos a sonda e sugamos o excedente no estomago”. 50 ml, para um recém nascido cuja capacidade gástrica é de 20 ml? Meu Deus, me arrepia só de pensar o que o Tiago passou naquele berçário. Dá leite, tira leite, faz dextro (picada no pé para medida de glicemia), muitos dextros...Cheguei a pedir para enfermeira colocar um gorro nele, porque no corredor formava uma corrente de vento de madrugada e ela me disse que estava quente. Quente para ela que estava trabalhando andando de um lado para outro.
Enfim, foi uma noite de horror, na qual conseguiram me convencer de que eu não era capaz de cuidar e alimentar meu próprio filho e que então ele precisaria ser resgatado de mim. E nem ao menos permitiam que meu marido acompanhasse o Tiago nos procedimentos no berçário, alegando que o espaço era muito reduzido e também havia o risco de infecção. Onde está nesta hora o Estatuto da Criança que diz que todo menor tem direito a acompanhamento em tempo integral durante internação?
Na manhã seguinte, já sem o efeito dos sedativos e dos anestésicos a ficha começou a cair. A Carla, veio nos visitar e ficou perplexa com tudo o que ouviu. Orientou-nos a procurarmos uma fonoaudióloga especialista em amamentação. A fonoaudióloga do hospital não atendia aos finais de semana então contratamos a Cláudia Gondim. A Claudia me orientou por telefone durante o dia porque só poderia ir para o hospital à noite. Nada do que ela orientou eu pude fazer, porque, no que dependia do hospital, eu não recebi ajuda. E era tão simples. Bastava que eles me dessem uma colher e me ajudassem a ordenhar. Poucas gotinhas do colostro a cada hora salvariam meu bebê do leite artificial e o alimentaria. O que fizeram foi me colocar numa maquina elétrica de ordenha e por pouco não causaram uma lesão no meu mamilo. Consegui ordenhar 10ml de colostro e tive que ver a expressão de riso da enfermeira do berçário que me disse: ” Só isso mãe? Vou ter que complementar”.
Na noite daquele dia a Cláudia chegou num momento em que eu estava psicologicamente esgotada de tudo aquilo. Estava aos prantos pensando em tudo a que meu bebê estava sendo exposto naquele lugar. Nos procedimentos torturantes. Ele deveria estar se sentindo desamparado. E eu estava com as forças no limite mínimo. Mas a paz que a Cláudia me passou com sua competência sobre amamentação me deu novo gás. E naquela noite ninguém levou meu filho do quarto. Ele mamava pouco e com dificuldade na pega. Mas eu me sentia capaz de cuidar dele e de alimentá-lo. As enfermeiras, incrédulas, me testavam. O tempo todo me pediam para ver se ele realmente estava mamando. E parecia que ele sabia que era mamar ou voltar para o berçário e naqueles momentos ele mamava como em nenhum outro momento sozinho comigo. Eu dava graças a Deus e a enfermeira cética nos deixava em paz por algumas horas.
No outro dia recebemos alta e fomos para casa. Foram 10 dias tentando fazer o Tiago mamar, a Cláudia (fonoaudióloga) indo em casa nos ajudar. Eu, o vendo ficar com icterícia por baixa ingesta, dando leite na colherzinha, ordenhando e tentando dar no copinho, noites e dias sem dormir. Sem contar que meu leite demorou uns 4 dias para descer, e ordenhar colostro é uma dificuldade... e sem conseguir marcar consulta com pediatra do convênio. Até que com 10 dias a Cláudia conseguiu um encaixe em uma pediatra conhecida dela.
A pediatra ficou chocada com o estado dele. Ele havia perdido 700g, muito mais do que os 10% do peso de nascimento, ela achou que a icterícia deveria ser tratada mesmo já tendo se passado os 10 primeiros dias de vida, ele estava desidratado e ela pediu uma série de exames com urgência. No outro dia, depois de uma peregrinação atrás dos exames o Tiago tinha perdido mais 200g, de um dia para outro. Os exames eram todos em jejum e ele havia ficado horas sem mamar. Então, somado aos resultados horríveis dos exames e a suspeita de infecção, ele foi internado.
Durante a internação, fez banho de luz e ficou por 10 dias tomando antibióticos. Passou por mais procedimentos torturantes, mas dessa vez para salvar sua vida. Mas nem por isso, menos torturantes e que poderiam ter sido evitados se os primeiros cuidados tivessem sido corretos. Sinceramente, achei que Deus iria levar o Tiaguinho. Mas Ele foi misericordioso e com 10 dias saímos do hospital com 300g recuperadas, das 900g que ele perdeu, e mamando apenas 35 ml de complemento 4 vezes ao dia.
Esse é o Tiago ao nascer:
E esse é o Tiago durante a internação, creio que no 5º dia de internação, fazendo estimulação para sucção
Eu saí do hospital com o carimbo terrorista de 32 horas de bolsa rota e ninguém questionava o motivo da infecção do Tiago: “ahhhhhh 32 horas de bolsa rota, está explicado!” Mas 32 horas de bolsa rota com exame de DSTs e estreptococos negativos e poucos exames de toque não se comparam a peregrinação de 2 dias e duas noites no vai e vem entre quarto e berçário com outros pacientes pelos corredores e muitos outros bebês no berçário. É mais fácil culpar o período de bolsa rota do que questionar normas hospitalares ultrapassadas.
No meu caso essas normas e procedimentos hospitalares não passaram em branco ou despercebidas como muitas vezes acontecem. Meu bebê teve que sofrer 10 dias de internação por causa disso. Nem preciso dizer que fui para outro hospital. Esse outro hospital também não é totalmente humanizado, mas pelo menos permitiram que ele ficasse no quarto comigo o tempo todo, quase 90% dos procedimentos foram realizados no quarto e 100% com minha presença.
Isso é alojamento conjunto
Com uma semana da alta a primeira rachadura no mamilo... superei sem maiores problemas. Porém, depois de uma avaliação da fonoaudióloga ela me alertou que a pega dele ainda estava errada, e que eu estava desenvolvendo fenômeno de Raynaud nos mamilos (um vasoespasmo). Inclusive ela disse que não sabia como eu não sentia dor. A dor tardou, mas não falhou, no penúltimo dia de internação as dores começaram, ainda suportáveis, e foram se tornando torturantes ao longo das semanas. Com 1 mês e meio do Tiago desenvolvi uma monilíase nos mamilos, que, aliada ao Raynaud tornou a dor alucinante, no sentindo literal da palavra. Era amamentar chorando e depois mais ou menos meia hora de dor.
A luta pela amamentação, papai e vovó colaborando.
Enfim, depois de tanta luta pela amamentação, usando sonda para ele mamar, consultas e mais consultas com a fonoaudióloga para corrigir a pega, na primeira semana de amamentação exclusiva, um dos mamilos cortado, em carne viva, e o outro com uma bolha... dor, dor, dor... eu não saia de casa, eu não via ninguém, eu estava vivendo para a amamentação, com 2 meses e 20 dias do Tiago não suportei mais as dores e parei com a amamentação.
Chorei por 2 dias seguidos, tive mastite, fiquei 15 dias com as mamas enfaixadas, parecia uma penitência por não amamentar. Vi o Tiago chorar, sentir falta de mamar, sem poder fazer nada...Eu já havia tentado tudo, os remédios estavam afetando a saúde dele, eu não conseguia mais ordenhar, por dor, eu não conseguia cuidar do Tiago durante a primeira meia hora pós mamada de tanta dor. Não podia mais viver essa situação, a amamentação estava sendo algo destrutivo. Eu olhava para o Tiago e só lembrava da dor que eu sentiria quando fosse amamentar. Até porque o tratamento da monilíase e do Raynaud são antagônicos, então eu estava sem saída. Meu psicológico estava abalado, meu sistema imunológico (devido a todo estresse que passei) não dava conta de conter a monilíase.
Tudo isso parece nada ter a ver com o tema de procedimentos desnecessários com os bebês ao nascer. Mas para mim foi um efeito cascata, que culminou no desmame precoce. Porque eu não desmamei apenas pela dor, ou pelos medicamentos, eu desmamei porque eu estava exausta por tudo que passei e abalada emocionalmente por tudo o que o meu filho teve que passar, e isso estava abalando meu relacionamento com meu filho, com meu marido e com todos a minha volta.
O desmame precoce parece uma decisão contraditória para quem diz querer tanto o bem do filho. Mas naquele momento era sentir dor e enlouquecer amamentando ou cuidar do meu bebê. E ele precisava dos meus cuidados também. Minha sanidade mental era crucial para a vida dele e para o seu desenvolvimento tanto quanto a amamentação. Mas eu tinha que optar por um dos dois, e optei pela sanidade.
Jamais indicaria a alguém o que eu fiz. Muito pelo contrário. Digo para todos: FAÇA TUDO DIFERENTE DO QUE EU FIZ PARA QUE SEU DESFECHO SEJA OUTRO! E não se entregue aos cuidadores hospitalares como se eles soubessem mais do que você. Eles estudaram, fizeram faculdade, mas você também pode se informar em fontes seguras e compreender que aqueles procedimentos são desnecessários para o seu filho e dizer com propriedade e sem medo que você não quer aquilo para o seu filho. Precisamos entender que hoje em dia hospital é linha de montagem, funciona como uma fábrica que trabalha com peças iguais, mas seu filho é um ser único, individual e merece um tratamento individual, isso é humanizar. Isso é ser hospital amigo da criança! O resto é marketing puro!
Tiaguinho, hoje, com 6 meses. Fortinho e feliz, graças ao empenho de algumas pessoas especiais (Mamãe, papai, vovó Hieda, vovô Salvador, nona Ivone, nono Roque, tia fonoaudióloga Cláudia, tia doula Carla, e tia pediatra Glauce, entre muitos outros que ajudaram em pensamento e orações)
Alheio a tudo que viveu e a todos que tentaram impedi-lo ele é muito feliz e saudável!!!!!!! Graças a Deus, que é o único que pode ser chamado de Senhor da vida e médico dos médicos!
Mamãe,papai e eu (Tiaguinho)
#respeiteacriança"
Lina, muito obrigada por compartilhar conosco mais uma vez sua experiência. Esperamos que ela ajude muitas outras mulheres.
Você foi e é uma mulher de muita garra, que conseguiu se transformar positivamente após esse experiência e Tiago com certeza se engrandece de amor por isso.
Aproveitando, deixamos aqui o material que será distribuído no próximo domingo, dia 16 de outubro no Parque Campolim pelos integrantes do MAHPS em parceria com a nossa 1ª Caminhada Gestante e Mãe Ativa. É um pequeno informativo-alerta para a comunidade, vale a pena ler.
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9 comentários:
Lina! Essa é a minha amiga guerreira... sinto por não podermos estarmos juntas em mais esse desafio, mas Deus colocou e sempre colocará pessoas especiais ao seu lado... Parabéns por lutar com afinco por seus ideais, você certamente é uma exemplo para muitas pessoas... Um grande beijo.
Saudades...
Repa!
Lina, pelas suas palavras, pude sentir um pouco da dor (física e emocional) pela qual você passou. Assim como disse a Rafa no facebook, eu também me identifiquei com muitas coisas que você escreveu aqui.
Parabéns pela coragem de expor as lembranças desta experiência. Acredito que não deve ser fácil pra você. Parabéns também pela superação, pela força, pela linda e solidária família que esteve sempre por perto te apoiando e te encorajando e por fim e mais importante, pelo lindo Tiago que, como você mesma disse, apesar de tudo, hoje está este meninão gorducho, sorridente, feliz e saudável.
Um beijo carinhoso e cheio de admiração.
Lina,
obg por compartilhar esse momento que foi de dor mas que é um alerta para outras mulheres!!!
Vc é uma guerreira!!!!!!!!
Abração
Que depoimento mais lindo.Maes de primeira e de ultima viagem o Sol e o melhor remedio pro peito.Nao se esqueçam quando começarem a amamentar façam isso que vao sentir na pele quanto e bom e natural.Coloquem as peitolas no Sol(tipo topless) por 10 minutos cada manha.Fiz isso,pois o meu sangrava e curou.
Repa,Fabiana, Licabio e Lucia, muito obrigada pelas comentários.
Lucia, quanto ao sol, concordo, fazia isso todos os dias e quando não tinha sol fazia banho de luz, mas o meu caso era mais complicado do que rachaduras e o sol não foi suficiente. Mas com certeza é um santo remédio e até um preventivo de rachaduras
abs
Lina
Nossa que depoimento!! Não tinha noção de algumas coisas que você falou. Sou enfermeira trabalho no Rio de Janeiro em uma maternidade pública e alguns procedimentos que mencionou, fazemos como rotina com o RN. Como aspirar, cortar o cordão logo após o nascimento, e realmente temos que ter destreza, pois, são muitas mulheres parindo o tempo todo. O alojamento conjunto funciona, pois, mesmo pós cesárea o RN fica com mãe o tempo todo e incentivamos a amamentação de toda maneira!
As rachaduras no peito tem alguma forma de prevenção durante a gestação???
Bjus!!
Cintia,
Sobre os procedimentos com o recem nascido te indico a postagem no blog
http://mulheresempoderadas.wordpress.com/2011/08/31/quando-o-bebe-nasce/ lá ela explica um pouco sobre alguns procedimentos desnecessários. Quanto ao alojamento conjunto, o que acontece no hospital onde vc trabalha é o correto, é como deve ser. Quanto as rachaduras, durante a gravidez o que vc pode fazer é tomar sol nos mamilos. No meu caso não foram apenas rachaduras. Mas o sol é sempre bom.
Abraços e obrigada pelos comentários.
Lina
Lindo relato... nos alerta para uma serie de cuidados. Estou com 35 semanas e pedi para meu marido ter atencao com todas estas coisas, por mim e pelo nosso filho, caso eu nao esteja apta a manifestar minha vontade. Facam o mesmo.
Sobre preparar os mamilos, meu obstetra falou para passar bucha vegetal durante o banho nos mamilos, todos os dias. Para mim pegar sol fica dificil. Beijos e bom parto a todas.
Bucha vegetal é contra-indicado nao passe nada nos mamilos.
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